quarta-feira, 24 de setembro de 2008

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Cheguei!

Mamae passou a semana bastante gripada e com mal-estar. A barriga estava imensa, na 34º semana de gravidez. Iria entrar da 35º no dia seguinte. Por conta do mal-estar, acordava mais tarde e chegava no trabalho por volta das 10h30-11h (Thanks Google!). Na sexta-feira, 19 de Setembro de 2008, não foi diferente. Acordou se sentindo já cansada, com aquela dorzinha pelvica que já a acompanhava varias semanas, e o tormento da gripe que custava a ir embora. No caminho para o trabalho decidiu que esse seria o ultimo dia que iria dirigindo, pois estava bastante incomodada. Chegou no escritorio, comentou com a Vivi e Claudia que não estava 100%, ligou o computador e foi ao banheiro. Foi quando percebeu que o tampao mucoso tinha caido. Aiaiai...ainda bem que, há 2 semanas atras a Adriana tinha comentado sobre a existencia desse troco gosmento . Ate entao, mamae não tinha ideia da existencia dele. Segundo a Adri, depois que o tampao mucoso se vai, o bebe deve nascer entre 3 e 4 semanas. Ok! Estamos no tempo certo. Sera?
Mamae comecou a ficar nervosa. Ligou para o Dr. Diniz e não conseguiu falar. Ligou para o Papai para contar o que estava acontecendo. Voltou para a mesa, leu uns emails, tentou fazer que estava tudo bem... mas aquela dorzinha na pelve não era mais inha. Conseguiu falar com Dr. Diniz. Ele a orientou a ir para casa, ficar de repouso, tomar um Buscopan, e ligar para ele para contar como estava. A Mamae ligou para a Vovo Vera ir busca-la o mais rapido possivel. Vovo achou que a Mamae so estava com falta de ar por causa da gripe e que uma inalacaozinha seria o suficiente. Pegou um taxi e chegou no escritorio em pouco tempo. As dores tinham aumentado. Era hora do almoco e no escritorio todos estavam no refeitorio, mas a Thais ajudou a mamae a carregar as coisas dela e descer para encontrar a Vovo, que logo percebeu que estava acontecendo alguma coisa diferente. As dores estavam mais fortes. Vovo pegou o carro da Mamae e se atrapalhou toda na hora de sair da garagem. Ate chegar em casa, cada buraco era uma tortura. Finalmente em casa, Mamae tomou um banho, colocou uma roupa mais confortavel e se deitou. Foi quando percebeu que as dores eram ciclicas e resolveu anotar os intervalos. Primeira anotacao: 14h. A segunda anotacao: 14h04. A terceira: 14h08, e depois 14h11. Ligou novamente para o Dr. Diniz:
-“ Vai indo para o hospital que vou atras”.
- “Vou demorar no minimo 50 min, pois agora estou do outro lado da cidade”, Mamae falou.
Entao, Dr. Diniz pediu para que fosse ao consultorio, que afinal, era na metade do caminho. Mamae ligou para o Papai para avisa-lo, enquanto a Vovo pegava uma malinha e tacava dentro as minhas coisas e algumas coisas da Mamae.
Rumo ao consultorio deu para perceber a sexta-feira era mais uma daquelas de transito dificil em São Paulo. A dor so aumentava, e o consultorio parecia ser em outra cidade, de tao longe. Finalmente chegamos. A coisa tava feia, a Mamae não conseguia sair do carro andando. O bombeiro do predio trouxe a cadeira de rodas e foi ate la em cima com a Mamae. Foi brincando no elevador que iria buscar o kit parto dele! Chegando la em cima o Dr. Diniz logo atendeu a Mamae, Papai chegou. Dr. Diniz nem conseguiu examinar a Mamae. Para a Maternidade! Foi decidido.
Quando a Mamae estava saindo do consultorio na cadeira de rodas.....chuaaaaa...a bolsa se rompeu. Que sensacao esquisita! Todos desceram ate a garagem: Mamae (urrando de dor), Papai, Vovo e Dr. Diniz. E ai aconteceu uma pequena confusao. Os carros foram pedidos, mas o Papai teve a brilhante ideia de deixar o carro para lavar. Afinal, demoraria so meia hora... Papai, todo atrapalhado, queria ir ao hospital no carro dele, que não estava pronto. Papai convencido de ir dirigindo o carro da Mamae, e hora de pagar o estacionamento e a lavagem...e quem tinha dinheiro? Nem Mamae, nem Papai, nem Vovo. Dr. Diniz tirou R$ 50,00 do bolso e resolveu tudo rapidamente. Ufa! Agora podemos ir ao hospital.
Sexta-feira, 3 da tarde...transito infernal. 23 de Maio parada, Juscelino, tuneis....como demorou para chegar. Papai estava calmo, Vovo estava toda torta no carro tentando acalmar a Mamae que gritava de dor. Quando estava na Juscelino, mamae viu dois motoqueiros da policia e pensou em pedir para chama-los para ajudar a chegar mais rapido, ai que tudo isso seria digno de novela das oito. Aguentou. Quando estava chegando na rua do Einstein, Papai surtou com o transito, xingou, buzinou...tudo bem, já estavamos chegando.
Direto para o quinto andar. Em um minuto chegaram diversas pessoas para ajudar a Mamae. Já foram tirando a roupa dela e ficamos pouquissimo tempo na salinha pre-parto. 6 dedos de dilatacao. Logo fomos para a sala de parto. A dor estava fortissima, Mamae esmagou os dedos de varias enfermeiras que ofereceram apoio. Dr. Diniz chegou, faltava o anestesista. Pareceu ter passado horas ate que ele chegasse. As anestesias tambem demoraram para pegar. Que alivio qdo pegou. – “Faz forca”, “Faz forca”, depois de quatro vezes fazendo forca, o anestesista subiu em cima da mamae e me empurrou para fora. Mais uma vez a Mamae fez forca e, as 17h30, numa tarde de Inverno, eu nasci.